Mãe denuncia professora por ofensas e acusação de furto contra aluno de 13 anos em escola no litoral de SP

Professora mexe na mochila de aluno após acusá-lo de furto e xingá-lo de 'pau de sebo' A mãe de um aluno de 13 anos chamado de “pau de sebo” e acusado d...

Professora mexe na mochila de aluno após acusá-lo de furto e xingá-lo de 'pau de sebo' A mãe de um aluno de 13 anos chamado de “pau de sebo” e acusado de furto por uma professora da rede municipal de Mongaguá, no litoral de São Paulo, denunciou a docente à Secretaria Municipal de Educação, à Ouvidoria da prefeitura e também registrou boletim de ocorrência. Segundo ela, esse não foi um caso isolado envolvendo a profissional. A mulher, que não quis se identificar, afirmou que a professora da Escola Municipal Sirana Koukdjian já ofendeu outras crianças, inclusive teria chamado um aluno atípico de “burro”. A situação, segundo ela, repercutiu porque a mãe do estudante foi tirar satisfação com a docente na unidade escolar. "[A professora] é uma pessoa desequilibrada, que tem problemas emocionais, permanece na escola. Ela tem que ser afastada para se cuidar. Eu quero ter voz, quero que outras mães saibam que está tendo providências, que dessa vez não vai ficar impune", afirmou. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Segundo a mãe, os funcionários da escola tinham conhecimento de outros episódios e relataram que outras responsáveis já haviam reclamado da postura da profissional. No entanto, essas mães não seguiram adiante com denúncias. Ela disse que os funcionários alegaram não poder tomar medidas, já que a educadora é funcionária pública. A mulher contou que pensou muito antes de formalizar a denúncia, para não prejudicar a professora: “Às vezes tem filhos, tem uma pessoa para sustentar... Só que eu também tenho que pensar nas crianças que ela está afetando psicologicamente e o que ela fez com meu filho", afirmou. Como soube das ofensas A mãe relatou que tem dois filhos gêmeos: o estudante, vítima dos xingamentos e acusações, e o irmão dele, que está em processo de diagnóstico para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na última terça-feira (9), ela foi buscá-los mais cedo na escola para uma consulta com psicóloga em Praia Grande. No caminho até o carro, o filho alvo das ofensas contou que teve um problema com a professora. Sem entender o que havia ocorrido, a mãe retornou à secretaria da escola, onde foi atendida pelo vice-diretor e pela coordenadora, que narraram os fatos. Professora xingou aluno de 'pau de sebo', 'vareta' e 'sagui' e o acusou de furtar estojo em escola municipal de Mongaguá (SP) Arquivo Pessoal O que aconteceu? De acordo com o boletim de ocorrência, a professora chamou o aluno de “pau de sebo”, “vareta” e “sagui” após suspeitar que ele a havia chamado de “corcunda”. A educadora também o acusou de furtar um estojo de uma colega e foi fotografada revistando a mochila do estudante sem autorização. Segundo a mãe, os funcionários da escola prestaram apoio e narraram a situação com detalhes. Eles revelaram que, ao conduzir o estudante à diretoria, a professora teria dito: “vim trazer esse moleque aqui porque senão eu vou dar na cara dele”. Enquanto o aluno estava na sala da direção, o estojo que ele havia sido acusado de furtar apareceu embaixo de uma das carteiras da turma. Ocorrência de calúnia, difamação e injúria De acordo com o Boletim de Ocorrência, o caso foi registrado como calúnia, difamação e injúria na Delegacia de Mongaguá, onde é investigado. A mãe do aluno procurou a escola para esclarecer os fatos e foi recebida pelo vice-diretor, que, de acordo com ela, confirmou o episódio e relatou que a coordenadora presenciou as ofensas, que a professora estava alterada e precisou ser contida. Professora xingou aluno de 'pau de sebo', 'vareta' e 'sagui' e o acusou de furtar estojo em escola municipal de Mongaguá (SP) Arquivo Pessoal Em nota, a Prefeitura de Mongaguá informou que a Secretaria Municipal de Educação ouviu a responsável pelo aluno e a professora. Os relatórios foram enviados ao jurídico da administração municipal para as providências. A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) informou que demais detalhes serão preservados por envolver menor de idade. A Secretaria Estadual de Educação afirmou que, por se tratar de uma unidade municipal, o estado não responde pelas ocorrências. O g1 não localizou a professora até a publicação desta reportagem. Caso ocorreu na Emef Sirana Koukdjian, em Mongaguá (SP) Arq'Ativa/Reprodução VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos